Leio e escuto todos os dias comentários sobre a chatice das
eleições atuais e da falta de clareza sobre a quem dirigir o voto, sobretudo
num pleito onde o conceito de Voto Útil nunca foi tão amplamente debatido.
Desde o “O sr. é ateu?” de 1985 que os candidatos se
preocupam mais em dizer o que a maioria quer ouvir do que necessariamente em
defender aquilo que pensam. E o resultado é que ninguém representa mais
ninguém.
Não acho que a extinção da humanidade será culpa do sexo
anal. Tampouco que maconha deva vir de brinde na pipoca ou que o MIS seja
fechado por ser muito barulhento, mas respeito o direito destas ideias serem
defendidas.
Respeito porque elas representam sim a opinião de outras
pessoas. Pessoas que trabalham, geram renda e pagam impostos tanto quanto eu ou
você. Gostemos disto ou não.
Agora, o que empobrece o discurso é termos, como nunca antes
na história deste país, três candidatos que tão pouco falam a todos nós. Isto
sim deveria ser combatido com veemência.
Pelo visto teremos mais quatro longuíssimos anos pela frente.
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