- Quero fazer uma viagem a Lua.
- Quero fazer um show de rock tocando
para um estádio cheio de gente.
- Quero marcar um golaço na final
do campeonato, dando o título para meu time do coração.
Mas se você tem um sonho
semelhante e não tem esperanças de que um gênio – ou milionário – apareça na
sua vida, não deixe de visitar o Museu do Futebol, no Pacaembú.
Para quem gosta do esporte
bretão, é emocionante. A amostra começa com a magia do rádio, onde se podem
escutar narrações históricas dos grandes monstros da comunicação como Fiori
Gigliotti, narrando o gol do Brasil contra a Inglaterra na Copa de 70, e Osmar
Santos ainda antes do acidente.
A parte das Copas bem como os
destaques de melhores defesas, melhores dribles e gols é muito bem montada, mas
o coração bate forte mesmo na parte chamada Exaltação.
No acesso do primeiro para o
segundo pavimento, um ambiente simula o som das arquibancadas de 27 torcidas de
times brasileiros. Não precisa esperar até o canto da sua agremiação preferida
para sentir a energia do local. Permaneça no ambiente e feche seus olhos. Imagine
você fazendo a jogada dos seus sonhos.
A minha começa na intermediaria
do campo de ataque, pelo lado esquerdo. Dou um drible seco no marcador e avanço
quatro ou cinco passos, já me preparando para o chute. De perna esquerda, com a
parte de fora do pé, bato com força no canto oposto do goleiro. A bola parece
que vai sair pela linha de fundo à direita, mas então ela pega o efeito e entra
no ângulo. Indefensável. São 42” do segundo tempo . É o gol do título.
A torcida vibra. Eu estou de
olhos fechados. E as lágrimas rolam.
Só preciso de mais dois desejos.
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