sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Estupra mas não Mata

Só se fala nas tais armas químicas que vitimaram mais de 1mil pessoas nos últimos dias na Siria. O secretário geral da ONU prevê “graves consequências” ao regime de Bashar Al-Assad. Obama pede investigação do caso. O ministro britânico de relações exteriores ameaça ir ao Conselho de Segurança. Bla bla bla, bla bla bla, bla bla bla.... bla bla bla, bla bla bla, bla bla bla...

A falácia dos jogos de guerra me encanta. Existem diversos tratados espalhados pelo mundo com o intuito de “regular” a matança em tempos de conflito. Tipo um manual de como destruir o mundo (exemplo: comer coração do inimigo capturado pode. Xingar a mãe do prisioneiro não). E por aí vai.

Um deles é o de não utilização de armas químicas. Fato curioso a respeito. Alguns países – poucos é verdade – mas entre eles a Síria, não são signatários do tal tratado. Por que não? Porque se você não assinar e tiver as tais armas, tá tudo certo. Mas se você assinar e descobrirem que tem, aí seu país pode sofrer uma intervenção militar uma vez que você está descumprindo um tratado internacional.

Bem maluco né? Ou seja, matar pode. O problemão é desrespeitar o tratado.

O precedente de um ataque químico é extremamente perigoso, mas desde março de 2011 já foram mortas mais de 100mil pessoas nos conflitos segundo estimativas. Ainda que tivessem morrido de cócegas, estamos falando de quase 1% da população inteira de um país dizimada em pouco mais de dois anos.

O buraco aqui é bem mais embaixo.

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