quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Saudades sem Saudosismo

Devido à má fase do meu time no campeonato nacional, me peguei na terça feira passada procurando onde assistir ao super confronto do próprio contra o último colocado da tabela, num misto de torcida e reza braba para que esta zica vá logo embora.

O confronto não passaria em nenhum canal da tv, aberta ou a cabo, e o pay per view deve ter ficado louco (pois estava cobrando R$ 85,00 para ver a partida) então apelei a uma das rádios on line para acompanhar este clássico.

Não me lembro a ultima vez que acompanhei uma transmissão via rádio por 90 minutos inteiros. Primeiro porque se o jogo é importante, está na TV. E se não é importante... ah, vejo o resultado depois.

Mas este, como disse, tinha o coeficiente torcida (que se repetirá em alguma horas) então valia o sacrifício.

Ouvir o jogo me lembrou da curiosa dinâmica que era assistir a jogos de futebol no passado. Não sei na casa de vocês, mas na minha funcionava assim:

Se o jogo iria passar APENAS no rádio, 30 minutos antes o aparelho era ligado para acompanharmos todos os detalhes pré jogo. Escalações, prognósticos, o grito da torcida, e etc. Se o time ganhava, o rádio permaneceria ligado por mais uma ou duas horas após o confronto. Se perdia, o dia se encerraria com cara de poucos amigos.

Mas havia jogos que não passavam apenas no rádio, e sim tinham os vídeo tapes após as partidas. Pode parecer maluquice, mas por mais de uma vez, sabendo que o jogo teria o VT, éramos proibidos de ligar o som durante a partida ao vivo ou de emitir qualquer sinal que fizesse alusão ao resultado do jogo. A minha casa entre 16h00 e 18h00 ficava num silencio sepulcral e após isto, a televisão imperava soberana com meu pai assistindo à partida, sofrendo, gritando, xingando e torcendo, como se fosso ao vivo. 

MAS O JOGO JÁ TINHA ACABADO HÁ MAIS DE UMA HORA!

Eram bons tempos. Não pelas saudades. Não por achar que eram necessariamente melhores do que os de hoje. Mas talvez por serem tempos mais inocentes. E de todas as coisas que temos perdido em nome da tal modernidade, esta é uma das que tem me soado mais cara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário