Eu gosto de esportes de uma forma geral. Paro para assistir
X-Games, sei as regras do Curling e consigo até ter times favoritos de Rugby.
As Olimpíadas são incríveis – incluindo as de Inverno, mesmo
com a interminável patinação artística – mas não há nada como a Copa do Mundo.
O formato é imbatível. Competição a cada quatro anos, número
restrito de seleções e após uma fase quase de aquecimento, uma série de
mata-matas (está certo tia Mariza?) até a grande final.
Mas a Copa no Brasil está com um clima de água no chopp. Dá certa
sensação de culpa ficar animado com o evento quando sabemos de todos os
descalabros que giraram no entorno, sem falar da incompetência do setor privado
que colaborou com louvor com a lambança geral (a goteira de um bilhão não pode
ser atribuída apenas ao governo).
Mas aí no final de semana vi um carro com bandeirinhas penduradas
nos vidros do banco de trás. Foi o primeiro que ví fazendo isto.
Minha primeira impressão foi de espanto. “Como este cara é
corajoso”. Já o imaginei sendo chamado no próximo semáforo de alienado, vendido
e outras coisas mais. Como pode alguém apoiar esta causa?
Foi então que me dei conta do quão meu pensamento foi
pequeno. Talvez a apatia que esetá tomando conta de todas seja em virtude de
estarmos misturando duas coisas que estão muito próximas, mas não são iguais: a
organização e a seleção em si.
Dia 12 de Junho eu estarei em frente à televisão torcendo.
Vou vestir o verde e amarelo, cantar o hino e apoiar a seleção da maneira que
posso. O que não quer dizer em absoluto que sou a favor dos meios que foram
tomados na organização do evento. Esta cobrança tem que continuar mesmo após a
grande final e quiçá ser representada no voto de outubro.
Não dá para colocar Hospital e Copa dentro da mesma
discussão. Mas dentro das quatro linhas, Avante Brasil!
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